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Os arranha-céus que crescem na orla de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, ajudam a cidade a ostentar o apelido de Dubai brasileira. De fato, eles são um retrato fiel do desenvolvimento local, mas serviriam também como elementos do gráfico de crescimento das contratações feitas pela construção civil em todo o Sul do país no mês de fevereiro.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, foram abertos 328 mil novos postos de trabalho em todo o país no segundo mês do ano – destes, 83 mil situados no Sul.
“O Sul do país vive um momento promissor com a invasão de novos empreendimentos imobiliários. É difícil cravar que isso se deva ao fenômeno econômico observado na orla de Santa Catarina, mas o fato é que há um grande canteiro de obras em todos os estados da região”, analisa Weber Carvalho, engenheiro civil e diretor técnico da Projelet, escritório de engenharia focada no desenvolvimento de soluções inovadoras.
A empresa também vem expandindo suas ações para o Sul. E isso ajuda a explicar por que a participação da região vem consolidando o setor em nível nacional. Em 2010, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, juntos, representavam apenas 12% do desempenho da construção civil em nível nacional. Desde então, esse índice vem crescendo sem interrupção.
Em junho do ano passado, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada pelo IBGE, apontou a região como a segunda força do setor no Brasil, com a elevação da sua participação de 17,5% em 2018 para 18% em 2019. O Nordeste, também nesses anos, definhou de 18,9% para 17,5%, descendo para a 3ª colocação no mercado nacional.
“Um detalhe é que as obras que vêm sendo implementadas demandam, por sua grandiosidade, uma quantidade maior de trabalhadores. E esse é outro aspecto. Já existem aprovações municipais de grandes projetos, como de um edifício com 154 andares em Camboriú e de um bairro inteiro em Porto Alegre. Para nós é inevitável dizer que neste momento também estamos intensificando os trabalhos na região”, afirma Weber Carvalho.
Os projetos arquitetônicos cada vez maiores e mais ousados de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, vêm reforçando o justo apelido de Dubai brasileira. Os edifícios imensos, alguns próximos dos 80 andares, acabam, é claro, provocando um aquecimento em escala solar na construção civil local. Mas esse privilégio não é só dos catarinenses.
Na verdade, toda a região Sul vem se destacando em relação ao restante do país pelo fortalecimento do mercado. E a maior prova disso é o número de contratações do setor no mês de fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Dos 328 mil novos postos de trabalho com registro em carteira gerados em todo o país, quase 83 mil estão no Sul. Neste mesmo mês de fevereiro, o Centro-Oeste abriu 41 mil novas vagas, seguido pelo Nordeste (28 mil) e Norte (12 mil). O Sudeste ainda lidera, com 162 mil vagas, mas vem perdendo participação nos últimos anos.
Esse cenário já vem se desenhando há mais tempo. Em junho do ano passado, por exemplo, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada pelo IBGE, apontava o Sul como a segunda força da construção civil no Brasil, com a elevação da sua participação de 17,5% em 2018 para 18% em 2019. O Nordeste, também nesses anos, definhou de 18,9% para 17,5%, descendo para a 3ª colocação no mercado nacional.
Em 2010, a participação sulista na construção civil não passava dos 12%. Há, de fato, um forte fluxo de crescimento, que se vê em projetos que impressionam pela envergadura. Um deles foi aprovado recentemente pela Prefeitura de Camboriú, sinalizando que em breve sairá do papel a construção de um dos maiores edifícios do mundo, com 509 metros de altura e nada menos do que 154 andares.
Já em Porto Alegre, o município liberou a construção de um bairro inteiro próximo ao Aeroporto Salgado Filho, onde serão erguidos 50 edifícios com um total de 2.350 apartamentos, numa área de 815 mil metros quadrados. São apenas duas das obras mais portentosas que serão sediadas no Sul do país. Mas, mais do que isso, são dois símbolos do grande momento que coloca a região no epicentro do setor da construção no Brasil. Tudo caminha para que novos canteiros de obras continuem compondo as belas paisagens do Sul.
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